CUADERNOS: Nuevo proyecto de la Revista Regresión #1 y #2

/Tomado desde su blog/

“Cuadernos” es un nuevo proyecto editorial de la Revista Regresión, en el que se recopilan los textos que se encuentran desperdigados por diferentes blogs eco-extremistas y nihilistas terroristas.

“Cuadernos” es un trabajo de “tiempo” corto y edición simple, sin introducción, sin palabras titulares, solo una imagen de portada, la cual tiene una cargada dosis de simbolismo, consecuente con el contenido de este.

En los cuatro diferentes idiomas que maneja la Mafia Eco-extremista/Nihilista Terrorista, presentamos los primeros “Cuadernos”.

Revista Regresión


CUADERNOS #1 :

pores-320x415

sin-numero-es


poren1-320x331

1-en


porit1-320x419

1-it


porpt1-320x419

1-pt


CUADERNOS #2 :

espanol

0-es


ingles

2-en


italiano

2-it


portugues

2-pt

O Mito do Veganismo

/Enviado al correo por “Anhangá”/

Brazil. Amazon rain forest. Yanomami Indian butchering a wild pigs they killed on their way to an abandoned garden where they still harvest a few things like manioc and fruits.

O Mito do Veganismo (1)

“O veganismo é uma filosofia de vida que exclui todas as formas de exploração e crueldade para com o reino animal e inclui uma reverência pela vida. Na prática se aplica seguindo uma dieta vegetariana pura e incentiva o uso de alternativas para todas as matérias derivadas parcial ou completamente de animais”.

– Donold Watson, membro fundador da Vegan Society (Sociedade Vegana).

Este pequeno texto não questionará a irracionalidade das ideias e valores (2) da filosofia vegana. Nesta ocasião demonstraremos que o veganismo é um mito na Sociedade Tecno-industrial e como é um obstáculo para entender e atuar pela verdadeira Libertação Animal (3).

O veganismo é um mito. Nada nem ninguém é vegano dentro da moderna Sociedade Tecno-industrial. No entanto, são muitos os ingênuos que acreditam neste mito e que creem que seus alimentos, vestimenta, calçado, produtos de higiene e beleza, aparatos tecnológicos, livros, música, bikes… e todo o lixo industrial que consomem compulsivamente é, segundo eles, “vegano”.

Mas na realidade é bem diferente disso. Todo esse resíduo industrial denominado “vegano” não poderá conter materiais de animais não-humanos, ok, mas, na verdade, contém… ou melhor dizendo, de fato colaboram com a exploração animal, humana e não humana.

Então se retomarmos nossa definição anterior de veganismo, “… uma filosofia de vida que exclui toda forma de exploração e crueldade para com o reino animal…”, é evidente que não é coerente com a filosofia porque contribui com a exploração sistemática do reino animal, logo, o veganismo é um mito.

Os autodenominados “veganos” são muito ingênuos ao não analisar, questionar e entender o funcionamento da complexa realidade e do grande complexo sistema social em que vivemos.

Todo alimento ou produto que provenha da moderna Sociedade Tecno-industrial não está livre de colaborar com a exploração e domesticação sistemática do reino animal e ambiental.

As sementes, frutas e verduras que produz e distribui a moderna Sociedade Tecno-industrial não são veganas já que a moderna agricultura industrial necessita de:

a) desmatar grandes extensões de terra fértil para aproveitar a fertilidade deste solo e convertê-lo em um campo de cultivo. Desmatar significa; destruir o ecossistema que ocupava este solo. Deve-se cortar ou incendiar a vegetação deste ecossistema e em seguida é necessário assassinar, capturar, domesticar, deslocar ou até extinguir as diferentes espécies de animais deste ecossistema. Isso aniquila todas as complexas relações e interações que mantinha esse ecossistema consigo mesmo (ecossistema e habitantes) e a relação que esse ecossistema mantinha com outros ecossistemas e com o planeta em geral.

b) já que se tem o campo de cultivo pronto, se necessita de camponeses que trabalharão a terra, há a necessidade de suas ferramentas (máquinas ou animais não-humanos de trabalho), se necessitam as sementes (nativas ou transgênicas) que serão semeadas, se necessita o fertilizante (natural ou industrial), se necessitam inseticidas (naturais ou industriais), se necessita a água para irrigação, etc…

E uma vez obtida a colheita ela é vendida a intermediários, eles a transportarão, armazenarão e distribuirão, até que finalmente esta semente, fruta ou verdura chegará ao estabelecimento comercial onde os “veganos” farão suas compras.

Então para poder realizar todo este processo é necessário utilizar a grande e complexa divisão do trabalho da moderna Sociedade Tecnológica, e em todas estas grandes complexas relações existe exploração e domesticação sistemática do reino animal e ambiental.

Alguns “veganos” poderão argumentar em sua defesa que as sementes, frutas e verduras que consomem não são de origem industrial, mas de hortas orgânicas, ok, mas se esta horta utiliza tecnologia moderna para a produção, armazenamento e distribuição de seus alimentos e se para poder adquiri-los há circulação de dinheiro, inevitavelmente continua colaborando com as dinâmicas de exploração e domesticação sistemática, animal e ecológica.

Talvez, as sementes, frutas e verduras realmente veganas são as que colheriam cada indivíduo com técnicas como; a permacultura ou jardinagem orgânica, e com o uso de ferramentas ou tecnologia simples, já que apenas assim deixaria de depender do Sistema Tecno-industrial e haveria uma renúncia a seus mecanismo de poder, controle, domesticação e exploração sistemáticos, mas a maioria dos autodenominados “veganos” não plantam seu próprio alimento.

Os autodenominados “veganos” dependem da moderna Sociedade Tecno-industrial para poder levar a cabo sua dieta. Na Natureza Selvagem nenhum animal determina de que maneira se alimentará, isso em grande parte quem determina é o entorno natural no qual se desenvolve. A dieta onívora dos animais humanos não foi uma escolha, mas uma necessidade de sobrevivência, um requisito para poder sobreviver em distintos entornos, comer o que houver, o que se possar comer. O organismo humano não é especialista, é oportunista, e sua dieta onívora é uma prova disso.

O animal humano domesticado em sua jaula civilizada é quem é capaz de decidir como se alimentar (dieta vegetariana, vegana, frugívora ou carnívora), mas para que isso seja possível é necessário colaborar e manter sua condição de animal humano domesticado a serviço do progresso do Sistema Tecnológico.

Nenhum vegetariano, vegano ou frugívoro com este tipo de dieta sobreviveria como o animal humano realmente livre deveria ser no entorno onde deveria se desenvolver (Natureza Selvagem).

A maioria dos autodenominados “veganos”, talvez, não se considerem a si mesmos como o que realmente são: animais humanos.

E também é bem verdade que aqueles que lutam pela “Liberação Animal” não lutam por sua própria Liberdade Individual Selvagem e não questionam nada sobre sua própria condição de animais humanos domesticados.

Se as sementes, frutas e verduras que nos oferece a moderna Sociedade Tecno-industrial não são veganas, muito menos seus demais produtos nocivos de origem industrial são: vestimenta, calçado, produtos de higiene e beleza, livros, música, bikes…

Uma análise similar poderia ser aplicada aos produtos enganosamente chamados de “verdes” ou “ecológicos”.

Nenhum produto proveniente da moderna Sociedade Tecno-industrial é vegano, e muito menos ecológico.

Os autodenominados “veganos” poderão seguir enganando a outros e enganando a si mesmos, poderão seguir dependendo do sistema de domesticação e exploração sistemática.

Poderão seguir denunciando as condições de escravidão dos animais não-humanos; e tudo isso sem ver nem denunciar sua própria condição de animais humanos domesticados a serviço do Progresso Tecnológico.

Eles conseguem ver as jaulas dos demais animais, mas são cegos demais para ver a moderna jaula civilizada em que vivemos.

Poderão seguir lutando inutilmente pela “Libertação Animal” sem antes lutar primeiro por sua própria Liberdade Individual Selvagem. É muito engraçado como um animal domesticado pretende libertar a outros animais.

Poderão seguir defendendo e promovendo as ideias e valores do Sistema Tecnológico (esquerdismo), buscando apenas melhorá-lo com suas inúteis reformas, e não destruí-lo definitivamente.

Poderão seguir consumindo compulsivamente seus produtos ou alimentos nocivos industriais supostamente veganos.

Tudo isso apenas enganará e tranquilizará de alguma maneira sua consciência, mas na verdade não fará nada para tentar atacar a domesticação e exploração sistemática do reino animal nem muito menos fará algo contra a domesticação, devastação e artificialização sistemática da Natureza Selvagem.

Frente a irracional fraude que resulta a teoria e a prática vegana, decidimos:

Renunciar ao consumo desnecessário, reutilizar os materiais já produzidos e deixar de depender do Sistema Tecnológico, desenvolvendo nossa própria forma de vida autossuficiente, longe dos valores da jaula civilizada e o mais próximo de nossa Liberdade Individual e da Natureza Selvagem.

Pela verdadeira Libertação Animal!

Fogo nas jaulas, fogo na civilização!

Revolución Feral

Primavera de 2013

Notas:

(1) Estas ideias e valores a que nos referimos, são: animalismo, sentimentalismo, anti-especismo, biocentrismo, hedonismo, a religião, o esquerdismo, a suposta naturalidade do vegetarianismo nos animais humanos, ecologia social, misantropia, etc..

(2) Quando falamos do veganismo neste texto estamos nos referindo a todas suas “diferentes” vertentes, desde o “veganismo burguês” até o chamado “anarcoveganismo”. E desde o movimento pela “Libertação Animal” reformista até o movimento pela “Libertação Animal” abolicionista ou radical (ALF, Animal Liberation Front – FLA, Frente de Libertação Animal).

Os ativistas da ALF-FLA poderão argumentar que eles não são reformistas porque são de ação, mas a verdade é que eles são idênticos aos que compõem o movimento pela “Libertação Animal” reformista que tanto criticam. São reformistas por defender e promover os mesmos valores do Sistema Tecnológico (esquerdismo), eles não buscam destruir o Sistema Tecnológico, apenas procuram melhorá-lo, e o pior é que não são conscientes disso.

(3) Por Libertação Animal nós entendemos: animais humanos e não-humanos que desenvolvem sua vida em Liberdade, em seu habitat Natural e Selvagem.


En español, aqui.

Eco-extremismo, a nova face do terror no México

/Nota desde la prensa mexicana sobre el Eco-extremismo. Traducido y enviado por Anhangá/

“Os pensamentos surgidos em um momento de terror tem o mistério e os olhos petrificados de ícones bizantinos.”
-E.M. Cioran, O Crepúsculo do Pensamento

Em 11 de setembro de 2001 nossa visão de mundo mudou enquanto as torres do World Trade Center, localizadas no coração de Manhattan, Nueva York, caíam aos pedaços após serem impactadas por dois aviões comerciais sequestrados por integrantes do grupo jihadista Al Qaeda no mesmo momento em que um ato similar atingia o edifício do Pentágono e deixava-o seriamente danificado.

A partir deste momento, extremismo ou “terrorismo” deixou de ser apenas uma palavra e se converteu numa sombra sinistra disposta a atacar no momento menos esperado, causando o maior dano possível e deixando a sociedade mergulhada no caos. No entanto, o mais preocupante é a frequência com que estes ataques estão sendo realizados, pois condicionam o imaginário coletivo e o levam a um estado de paranoia, e simplesmente na medida em que o ano passa se pode contabilizar inúmeros ataques, sendo os mais destacados os ocorridos em Paris, Bruxelas e Orlando, mas sem contar os eventos quase diários que são realizados no Oriente Médio.

O Eco-extremismo

Menos visíveis e comentados foram os atos de extremismo cometidos nos últimos dias no México por um grupo radical conhecido como “Individualistas Tendendo ao Selvagem” que buscam desequilibrar o desenvolvimento tecnológico da sociedade através de ataques bem planejados aos pilares deste crescimento como é o caso dos centros educativos e científicos. Os chamados “eco-extremistas” argumentam que estão “contra o progresso humano, que corrompe e degrada toda a beleza que há neste mundo”.

Este grupo, que também tem presença na Argentina, Chile [e Brasil], afirma que não reconhecem nenhuma autoridade a não ser a da “Natureza Selvagem”, em suas próprias palavras: “matamos porque rechaçamos qualquer moral que nos queiram impor, porque não consideramos nem “ruim” nem “bom”, mas sim uma resposta de nossa individualidade a toda a destruição que gera o progresso humano”.

Não é um grupo novo, vem operando desde 2011 e, na verdade, tem se multiplicado em diferentes células que estão presentes no centro do país. Os métodos vão desde cartas bombas até ataques frontais. Assumiram ao menos meia dúzia destes acontecimentos até agora neste ano, sendo o mais recente o assassinato do chefe de serviços da faculdade de Química, José Jaime Barrera Moreno, que na segunda-feira, 27 de junho, foi encontrado morto com um ferimento causado no peito provocado por uma arma afiada, mas não é o primeiro e asseguram que não será o último.

Em uma entrevista concedida a Ciro Gómez Leyva na Rádio Fórmula, datada de 1 de julho de 2016, anunciaram que foram os responsáveis por 8 ataques realizados durante o mês de abril, embora não tenham tido cobertura mediática apesar de terem sido concretizados tal e como haviam planejado.

Nesta mesma entrevista revelaram que apesar dos ataques e assassinatos perpetrados no México até agora não foi detido nenhum integrante do grupo e que segundo eles se deve ao que, em suas próprias palavras, são as instituições de segurança do país, “uma PIADA”.

No entanto, apesar de ser um grupo ativo em constante expansão asseguram que sua única finalidade é a destruição, “porque nos encontramos em um ponto onde nenhuma mudança e nenhuma revolução serão suficientes para realizar uma transformação social, pois tudo está corrompido de maneira irreversível”. Neste sentido, também dizem que não apostam pela “caída da civilização, nem temos como finalidade a destruição desta”, o que alguns poderiam ver como uma contradição, mas no aspecto mais básico da existência, na Natureza Selvagem, é o que acontece quando um animal ferido se encontra encurralado, ele ataca até que não possa mais, “os eco-extremistas são como as abelhas, as quais enfiam seu ferrão para ferir a seu oponente (a civilização) lutando sabendo que morrerão tentando, já que está claro que nesta guerra não sairemos vitoriosos.”

O mundo está mudando diante de nossos olhos e a maioria destas mudanças estão baseadas no terror nascido do sistema no qual estamos imersos, pelo que a informação poderia significar a diferença, não se trata de saber tudo, mas de estar ciente destas alterações para fluir em consequência, seja para nos reencontrarmos como sujeitos sociais ou para seguir nos destruindo.

En español, aqui.

Texto. Ataques Indiscriminados? Mas que diabos passa com eles!!

/Enviado a nuestro correo y traducido por “Anhangá”/

“Assim, porque és morno, e não frio nem quente, te vomitarei de Minha boca.”

A.

Já faz algum tempo que tenho escrito sobre o posicionamento a respeito dos ataques indiscriminados de parte dos grupos eco-extremistas que já se espalharam do norte da América até o sul, e que tem causado muito incômodo em setores anarquistas radicais e não é preciso nem dizer nos círculos da esquerda moderna…

O discurso de desconforto destes grupos tem sua origem nos comunicados do projeto iniciado por ITS em 2011, onde se mostravam a favor da violência terrorista contra aqueles que tendem ao progresso tecno-industrial, sem se importar em causar danos a terceiros.

Isso ficou claro após o primeiro atentado do grupo, onde um trabalhador da UPVM não entregou ao alvo o pacote-bomba abandonado no campus, e decidiu o abrir. Suas feridas foram o começo de uma história de ataques que até hoje prevalece.

Desde o começo, ITS, sem dúvida alguma, foi um grupo sui generis, que chegou com força derrubando, com suas críticas, posicionamentos vitimistas, civilizados, progressistas, humanistas, etc., e se embrionando em vários círculos (eco) anarquistas daquela época.

Um pouco de história

No México houve incômodos e vários se escandalizaram pelas palavras e atos do grupo em questão, sendo alguns deles; coletivos, organizações e sujeitos que defendem ideologias tradicionais de esquerda (comunistas ou anarquistas), que são antagônicas ao Estado, às instituições, partidos políticos, etc., e que não compreendiam a emergente tendência do eco-extremismo (e, aparentemente, ainda não entendem).

O que foi toda aquela onda de comunicados e atentados contra cientistas em 2011? Alguns eunucos berravam que ITS era obra de um plano macabro para justificar a repressão contra os movimentos sociais e/ou anarquistas daqueles anos.

De onde veio um grupo tão incorreto na hora de atacar? O que significam essas reivindicações a favor da Natureza Selvagem? Mas o México não era “terra” de Zapatistas, vermelhos e anarquistas cagões que enxiam a boca com discursos autonomistas-populistas? Por acaso são uma nova cisão de algum grupo armado comunista? São realmente ecologistas radicais como dizem ser ou são uma estratégia militar para prender os gritalhões de sempre que clamam por justiça? Por acaso eles são punks fazendo uma piada de mal gosto?

NÃO, ITS é um grupo de individualistas provenientes do eco-anarquismo que se distanciaram de tantas ideias utópicas e irreais, que criticaram e se auto-criticaram, que avançaram entre as sombras e que planificaram o ataque aqui e agora.

ITS rosna ferozmente dizendo que: não há NADA a mudar na sociedade, MUITO MENOS há um “paraíso primitivista” pelo qual lutar, a revolução NÃO existe, NÃO somos anarquistas, comunistas, feministas, punks, nem nenhum outro esteriótipo “radical”, estamos em GUERRA contra a civilização, contra o sistema tecnológico, contra a ciência e contra tudo o que queira domesticar a Natureza Selvagem e queira nos artificializar como humanos agarrados à nossas raízes mais profundas. Não negamos NOSSAS contradições e pouco nos importa sermos vistos como “incoerentes” por aqueles que nos criticam estupidamente dizendo: “se se opõem à tecnologia por que usam internet!”. Frente a essas críticas vagas e sem base alguma nosso escarro cuspido em suas patéticas caras.

Após a primeira fase de ITS em 2011; chegou a segunda marcada após publicar o seu sexto comunicado em janeiro de 2012, no qual comentava várias auto-críticas que fizeram com que ITS se desprendesse quase por completo de sua herança anarquista e sua discursiva “kaczynskiana”.

Sua terceira fase em 2014 com “Reacción Salvaje” foi mais que clara em seu discurso, mantendo sua atitude indiscriminada nos ataques que levaram a cabo seus diferentes grupúsculos. Dos 25 comunicados que emitiram em um ano, 15 foram reivindicações.

ITS não mentia quando escrevia tranquilamente em seus comunicados que não lhe interessava os feridos que deixavam em seus ataques, que eram indiscriminados em seu atuar e isso era verdade.

Em abril de 2011, ITS deixou ferido gravemente um trabalhador da UPVM no Estado do México. Em agosto um pacote-bomba deixava feridos a dois importantes professores da Tec de Monterrey no mesmo estado. Em novembro assassinaram com um tiro na cabeça um renomado pesquisador de biotecnologia em Morelos. Em dezembro um envelope-bomba feriu mais um professor da UPP em Hidalgo. Em 2013, um funcionário dos correios resultava ferido após roubar um pacote-bomba de uma caixa de correios da Cidade do México. Ou seja, no período de 2011-2013, ITS deixou 5 feridos e um morto, sendo 4 em gravidade e 2 não tinham haver com as pessoas-alvos.

Os feridos também se repetiram com RS. Em julho de 2015 um funcionário público membro da Comissão de Direitos Humanos teve queimaduras após abrir um pacote encontrado na garagem de seu edifício-sede no Estado do México. Em 14 de agosto uma secretária do Grupo Cuevas (engenheiros ligados a ICA) foi ferida da mesma forma após abrir um pacote abandonado em seus escritórios no mesmo estado.

Após a morte de RS, os grupos eco-extremistas que o presidiram já contam com seu histórico de feridos após seus ataques. Em outubro de 2015 nove bombas-relógio em nove ônibus da Mexibús foram detonadas, e embora o ataque tenha sido contra o transporte público, não houve mais que um ferido apenas. Na ação havia o risco de mais de uma pessoa sair com severos danos físicos, mas para a “Seita Pagã das Montanhas e Grupos Afins” isso pouco importava.

Em novembro daquele mesmo ano um pacote-bomba aberto dentro do Conselho Nacional Agropecuário na Cidade do México feriu o vice-presidente da Aliança Pró-Transgênicos e também sua secretária e dois civis que se encontravam próximos. O “Círculo Eco-extremista de Terrorismo e Sabotagem” se responsabilizou pelo atendado.

Mais dois grupos provenientes da morte de RS, o “Grupúsculo Indiscriminado” e “Ouroboros Niilista” (agora Ouroboros Silvestre), tentaram detonar seus explosivos sem se importar com terceiros feridos, e, embora aparentemente seus ataques tenham sido frustrados, a intenção segue.

Em janeiro deste ano (2016) ITS voltou a aparecer publicamente com seu primeiro comunicado, e o que parecia mais uma etapa “das de sempre” dentro desta guerra se converteu em surpresa para muitos. Quinze dias depois da publicação de seu primeiro texto, ITS havia realizado seis ataques com explosivos em três diferentes estados do país. Sua capacidade operacional deu muito o que falar. Uma semana depois de seu segundo comunicado reivindicando esses ataques de janeiro e fevereiro, um ônibus Transantiago era reduzido a sucada queimada na capital chilena em plena luz do dia. O nome assinante que se responsabilizava pelo ataque era: “Individualistas Tendendo ao Selvagem-Chile”.

Com este terceiro comunicado do grupo a internacionalização do eco-extremismo indiscriminado era evidente. Uma semana após a queima do ônibus era publicado o quarto comunicado assinado por “Individualistas Tendendo ao Selvagem-Argentina”, onde se responsabilizavam por um artefato explosivo na Fundação de Nanotecnologia e também por várias mensagens de ameaças contra cientistas e contra a imprensa. Também haviam deixado um pacote com pólvora negra e uma mensagem em uma estação de ônibus em Buenos Aires.

Embora ITS em fevereiro tenha atuado em três países diferentes sob suas próprias pautas, totalizando 10 diferentes atos e alguns deles sendo em plena luz do dia, a onda de atentados feriu a apenas dois civis.

Em março o quinto comunicado de ITS-América (México, Chile e Argentina), defendeu e sublinhou o posicionamento que teve desde 2011: NÃO importa se civis sejam feridos, isso é uma GUERRA, o ataque é indiscriminado. ITS NÃO reconhece moralismo no ataque.

Após estas incômodas palavras, houve reações…

“Debates”, notas e indiretas

Após a difusão dos ataques de grupos eco-extremistas no México em diferentes blogs de “contrainformação” anarquista, muitos deles expressaram seu desacordo através de notas no rodapé da página ao publicar estes comunicados. Alguns se limitaram a apenas publicá-los sem qualquer aponte ou opinião e já outros simplesmente não publicam nada referente a nossas posturas, e é compreensível, NEM todos os blogs, revistas e demais projetos de tendência anárquica tem a obrigação de publicar o que os grupos eco-extremistas dizem ou fazem, sempre haverá diferenças, algumas positivas e outras mais negativas. O que quer enfatizar o Grupo Editorial da Revista Regresión (que é parte de ITS-México), é o seguinte:

– NÃO queremos que os demais aceitem nossos “términos e condições”, NÃO tentamos ser agradáveis ou amigáveis com estranhos, ou queremos que certos grupos ou indivíduos “tornem-se” como nós. NÃO nos interessa “converter” a ninguém do eco-anarquismo ao eco-extremismo. Os poucos que decidiram adotar esta postura estão convencidos de que um projeto como este deve ser defendido com unhas e dentes, pensado e planificado para dar golpes mais certeiros.

– Alguns anarcos tem dito que somos uma “Máfia”. Para estes criticões e bocas grandes que andam difamando nosso projeto tanto no México como em outros países onde o eco-extremismo já tem presença, nós vamos tomar isso como um elogio.

Nós somos um tipo especial de crime, delinquentes que se aglomeraram em um grupo para atacar em diferentes lugares tanto no México quanto no Chile, Argentina e outros países. Não pensem duas vezes ao tentar “nos insultar” dizendo que somos terroristas ou uma nova classe de máfia, porque isso não nos insulta e porque nós SOMOS!

– Todos podem expressar sua raiva ao ler nossas linhas, muitos gringos “anarco-zerzianos” às escondidas fizeram isso. Para citar um exemplo, no portal “Anarchist News” os comunicado de ITS foram censurados por sermos consideramos “reacionários”, e não dizemos isso com uma atitude vitimista, dizemos para que os blogs que não estejam de acordo com nosso discurso deixem de se comportar de forma tão pluralista e se realmente lhes causam incômodo nossas incorretas, terroristas e mafiosas palavras, deixe-as de publicar, afinal nos fariam um favor.

– Como decidimos, todos podem expressar sua incompatibilidade com o eco-extremismo indiscriminado que defendemos, isso também fizeram os auto-denominados “Célula Revolucionária Paulino Scarfó” (CRPS) em seu comunicado de fevereiro deste ano, no qual fazem alusões indiretas ao atentado de ITS no Chile. Repetimos, é saudável criticar e expressar desacordos, MAS lançar indiretas NÃO filhos da mãe! Melhor se tivessem assinado como “Célula Anarco-cristã León Tolstói”. Parece que estes anarquistas não tem memória histórica ou que sofrem de uma amnésia terrível ao mencionar aquele que foi companheiro do TERRORISTA Severino Di Giovanni, o anarquista que fez voar pelos ares o consulado italiano em Buenos Aires, matando a vários fascistas, mas também ferido a civis, aquele que matou a um anarquista que lhe marcava como “fascista”.

Scarfó acompanhou a Di Giovanni na fase mais violenta de sua Guerra Individualista contra alvos móveis e simbólicos, ele foi um INDISCRIMINADO, de fato foi condenado pelos mesmos anarquistas de sua época, pois seus métodos de luta foram considerados “inapropriados”.

É verdade CRPS, os grupos eco-extremistas, ITS e muito menos nós somos revolucionários, também não compartilhamos seu discurso tão repetitivo e chato, só que nós ao contrário de vocês, somos diretos e não andamos com putas insinuações e rodeios imbecis!

Alguns posicionamentos nossos para “Nigra Truo” (NT)

Há alguns dias um integrante do blog “Por la Anarquía” publicou um texto onde é possível ler a sua posição a favor e contra do eco-extremismo. Até agora é a única crítica mais sincera, pois ele não se concentra APENAS em criticar o que defendemos, mas também faz algumas críticas aos ambientes anarquistas.

Embora isso, NT não se salva de nossa resposta à suas críticas, por isso temos que esclarecer o seguinte:

– Aparentemente, NT confundiu a informação que tem de ITS e escreveu que é uma contradição empurrar o Debate Amoral que propuseram os niilistas da Casa Editorial “Nechayevshchina” (Nechayevshchina Ed.) e ao mesmo tempo ter a regra moral de: “A Natureza é o bem, a Civilização é o mal”. A NT recordamos que ITS tem diferentes fases, e embora o grupo defendesse muito esse lema Naturien desde 2011, os ITS de hoje são diferentes, faz anos que ITS não havia empregado essa frase, por isso, caro NT, lamento sarcasticamente dizer-lhe que, sua crítica referente a este ponto cai por seu próprio peso, posto que, ITS já não defende esse lema, pois a Natureza Selvagem está em um plano “extra-moral”.

Ao ler a crítica de NT parece ser que ele tem se confundido com o que nós, os que defendem a tendência do eco-extremismo, entendemos por Ataques Indiscriminados. Um ataque desses não é colocar uma bomba na casa de papelão de um mendigo, não é incendiar uma barraca de um vendedor ambulante, NÃO, quando nos referimos a Ataques Indiscriminados é que vamos colocar uma bomba em algum lugar específico, empresa, universidade, casa particular, automóvel, instituição, etc., onde esteja nosso alvo-humano a ser atacado, sem se importar que o explosivo alcance a civis. Ataque Indiscriminado é incendiar algum lugar simbólico sem se importar que haja “gente inocente”, sempre acertando o Progresso Humano. Ataque Indiscriminado é o que tem feito ITS desde 2011, e que foi abordado no início deste texto, é enviar pacotes-bombas sem se importar que terceiros sejam afetados, sempre tendo como objetivo desestabilizar, aterrorizar e implantar o caos em uma sociedade carente de pensamentos próprios.

– Seguimos festejando os “desastres naturais”, os quais podem ser vistos como atos de vingança ou como reações violentas da Natureza Selvagem (dependendo da auto-cosmovisão individualista que se distancia daquela que defende a cultura civilizada), derivadas da destruição ambiental que por sua vez é provocada por mãos humanas, tanto de gigantescas multinacionais como por seus peões “proletários”.

Conclusão

Uma maneira de finalizar este texto é somente dizendo que os ataques de grupos eco-extremistas irão continuar assim como seu incômodo discurso. Sempre haverá pontos em acordo-desacordo, convites para debates, indiretas, e merda derramada da boca de alguns, mas que se saiba bem o que haverá enquanto sigamos existindo, é uma resposta de nós, os terroristas, os incorretos, os que não se calam do que pensam ,os que aclaram antes de mais nada, os da Máfia Eco-extremista!!

Com a fúria desconhecida da Natureza Selvagem!

Com Chahta-Ima, Nechayevshchina e Maldición Eco-extremista!

Com ITS-México, Chile e Argentina!

Adiante com a Guerra!

-Xale: Editor-chefe da Revista Regresión

México, inverno de 2016